quarta-feira, 22 de julho de 2020

Metacognição na aprendizagem de cálculo

Início.



Desde muito cedo, somos adestrados na escala e como legado levamos isso para a faculdade: não sabemos aprender, não somos autônomos, vivemos uma educação bancária, citando aqui as palavras de Paulo Freire.


Hoje nas faculdades que analisei umas das disciplinas que mais reprova alunos, independentes da instituição de ensino superior; é Cálculo. Não quero falar das faculdades que apenas aprovam alunos para ver este grande contingente de caixas vazias  perambulado pelo mundo do trabalho como zumbis.


E se tudo que nos disseram sobre processo de aprendizagem estivesse errado? e se houver uma forma de sermos mais bem sucedidos com menos esforço na faculdade?


quando penso na aprendizagem de Cálculo de uma e várias variáveis penso em grandes teias de saberes que devem ser envolvidos. Pior quando eu era aluno da licenciatura, me perguntava; para que ensinar ao aluno a teoria de Green, se o aluno não sabe nem aplicar Báskara?


Essas ideias me corroem o tempo inteiro. e daí minha orientadora Drª Lucia Collet me propôs um estudo sobre como promover a metacognição no Aprendizado de cálculo; topei e com isso obtive muitas das respostas à minhas divagações.


Ao testar in loco muitas das ideias contrainstrutivas que imaginei, demonstrei com alunos do ensino médio profissionalizante e da graduação que a melhor forma de implantar a metacognição é através dos ambientes motivacionais que o professor deve criar em sala de aula e fora dela. Professor não motiva, descobri de forma científica, apenas cria os meios para que o aluno se transforme em estudante. Assim o fiz.


Primeiro descrevi o que é a metacognição para um total de 160 alunos, logo na sequencia apliquei um questionário chamado de MAI. Além deste teste, apliquei um chamado de FTD, de Manual Sedó. pra que tanto teste, apenas para saber que tipo de conhecimento o aluno trazia e como era seus nível de aprendizagem e resiliência frente ao conceito metacognitivo.


Partimos então para algumas atividades logico-matemáticas e para minha surpresa, os resultados foram bem abaixo do esperado. 


Partimos então na busca de documentos da Neurociência que pudessem esclarecer duvidas acerca da aprendizagem com alunos jovens e adultos com ideias já formadas, maduras e conceitos endurecidos por uma educação mecanizada.


Aplicamos um desafio, que pudesse ser interrompido ao longo do tempo para ser retomado em algum momento oportuno e para nossa surpresa, os níveis de conhecimento evoluíam de forma perceptível em 82 % dos alunos.


Desta forma mostrar para os alunos que pensar acerca do seu pensamento,  é apenas uma das bases do aprendizado e que deve ser seguido por mais dois pilares que sustentem o aprendizado.  Sendo a assim, a autoregulação e a capacidade de sempre continuar aprendendo formam o tripe da aprendizagem significativa apoiada na metacognição. 


Um comentário:

  1. Poderia criar mais textos sobre metacognição e detalhar mais sobre sua experiencia com aprendizagem metacognitiva?

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